Sabesp seguirá determinação da Agência Nacional de Águas para retirada de água do Sistema Cantareira

A Sabesp informa que seguirá a determinação dos órgãos reguladores do Sistema Cantareira – Agência Nacional de Águas (ANA) e Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) – e reduzirá a retirada de água das represas de 31 mil litros por segundo para 27,9 mil L/s. A medida será adotada assim que a companhia for notificada e dentro das condições que forem estabelecidas.

A empresa esclarece que está tomando todas as providências para manter a normalidade do abastecimento de seus clientes na Grande São Paulo. Uma das medidas adotadas foi o incentivo financeiro à economia de água (bônus). Com a rápida adesão dos moradores, no primeiro mês de vigência do incentivo, a população diminuiu sua demanda de água em 2.400 litros por segundo. Isso significa um volume de água suficiente para atender mais de 800 mil pessoas, equivalente à população de São Bernardo do Campo. Além disso, a Companhia já está utilizando outros sistemas para abastecer parte da população atendida pelo Cantareira.

Hoje, até 1,6 milhão de pessoas recebem água dos Sistemas Alto Tietê e Guarapiranga. A empresa contratou ainda o serviço de semeadura de nuvens para estimular as chuvas na região das represas do Sistema Cantareira. Outra medida adotada foi a autorização, pelo governador Geraldo Alckmin, para a Sabesp utilizar a reserva estratégica de água das represas do Sistema Cantareira. As 17 bombas para a captação dessa água já estão sendo fabricadas. O investimento previsto é de R$ 80 milhões, com início da operação previsto para daqui a 60 dias. As obras civis começam na próxima semana. A companhia tem aplicado todos os esforços e recursos financeiros e tecnológicos para garantir a segurança no abastecimento de 20 milhões de moradores da Região Metropolitana de São Paulo. A empresa investe de forma contínua e planejada em ações de fornecimento de água. Desde 2004, foram aplicados R$ 9,2 bilhões em ações como:

– ampliação em 10 mil litros por segundo da produção de água no Sistema Alto Tietê;

– campanhas de conscientização e de comunicação para incentivar o uso racional da água, principalmente em escolas. Como resultado, o consumo de água per capita caiu 11% em 10 anos;

– aumento na oferta de água de reúso, uma alternativa inteligente e eficiente para substituir a água potável em processos industriais. Saímos de um patamar de 50 L/s, em 2004, para 700 L/s, em 2014;

– construção do novo sistema produtor de água São Lourenço, uma PPP com investimento de R$ 2,21 bilhões e que vai adicionar mais 4.700 litros de água potável a cada segundo;

– redução no índice total de perdas da companhia em 10 pontos percentuais. Significa que foi recuperada água suficiente para abastecer 3 milhões de pessoas todos os dias. O indicador da Sabesp está entre os melhores do Brasil. Firmou ainda parceria com o Japão, país com o melhor indicador do mundo, para treinamento de profissionais e aquisição de equipamentos.

Começam as obras para a captação da reserva estratégica de água do Sistema Cantareira

A Sabesp  iniciou nesta segunda-feira, 17 de março de 2014, as obras para a captação da reserva estratégica de água do Sistema Cantareira. Os trabalhos para aproveitamento dos recursos disponíveis nas represas Atibainha, em Nazaré Paulista, e Jaguari/Jacareí, em Bragança Paulista.

O período de duração das obras é de dois meses, com um investimento de R$ 80 milhões. O volume de água que estará à disposição para abastecimento público é de 200 bilhões de litros. Esse recurso será utilizado apenas se necessário e será suficiente para abastecer a população da Região Metropolitana de São Paulo por pelo menos quatro meses. Caso chova, essa água pode nem ser utilizada ou durar mais tempo.

Para a captação, serão construídos dois canais, que somam 3,5 quilômetros de extensão. Serão também instaladas 17 bombas, cuja função é retirar o volume do fundo das represas e encaminhá-lo aos túneis, seguindo o trajeto normal até a Estação de Tratamento de Água Guaraú, na zona norte de São Paulo. Lá, a água será tratada dentro dos rígidos padrões de qualidade seguidos pela Sabesp.

São Paulo vai integrar Sistema Cantareira e bacia do Paraíba do Sul

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta-feira, 19 de março, uma obra de integração entre o Sistema Cantareira e a represa Jaguari, localizada em Igaratá, na bacia Paraíba do Sul. A medida permitirá a transferência de água entre os dois reservatórios e vai aumentar a segurança no abastecimento da população paulista.

A transferência será feita quando houver sobra na bacia do Paraíba do Sul ou no Sistema Cantareira. Neste caso, a água de um reservatório poderá ser bombeada para o outro, como explica o governador. “Nossa proposta é interligar a represa Jaguari com a represa do sistema Cantareira, com uma regra operadora. Toda vez que o Cantareira baixar 35% você bombeia a água da Jaguari para o Cantareira. Toda vez que sobrar agua, você pega essa água e guarda, bombeia e armazena no Cantareira. O inverso também vale”.

A iniciativa será executada pela Sabesp e permitirá o melhor aproveitamento da água armazenada nas diversas represas da macrometrópole formada pelas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba e pela região de Sorocaba.

Um túnel de 15 km de extensão será construído para ligar a represa Atibainha, em Nazaré Paulista – parte do Sistema Cantareira -, e a represa Jaguari, na cidade de Igaratá, na bacia do Paraíba do Sul. Por esse túnel serão bombeados 5.130 litros de água por segundo, em média. A obra será executada em 14 meses, iniciados depois da outorga (autorização de transferência), o licenciamento ambiental e as liberações da ANA (Agência Nacional de Águas) e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A represa Jaguari de Igaratá tem capacidade para 1,2 bilhão de metros cúbicos de água. Sozinha ela armazena 20% mais água do que os quatro reservatórios do Cantareira. Hoje, a Jaguari alimenta o rio Paraíba do Sul, situação que não será afetada pela nova obra. A novidade é que a represa poderá também receber ou enviar água para o Sistema Cantareira.

Sistema São Lourenço

Além da integração entre a bacia do Paraíba do Sul e o Sistema Cantareira, o Governo do Estado possui outra obra de grande porte em andamento para garantir a segurança no abastecimento da população. O novo Sistema São Lourenço vai gerar mais 4.700 litros de água por segundo, volume suficiente para abastecer 1,5 milhão de moradores do oeste da Grande São Paulo, que compreende as cidades de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista. O investimento de R$ 2,21 bilhões já está contratado e deve ficar pronto em 2018. A iniciativa vai buscar água na represa Cachoeira do França, em Ibiúna, e transportá-la por 80 km de tubulações.

Atualmente, as oito grandes estações de tratamento de água que abastecem a Grande SP têm capacidade instalada para produzir 73 mil litros a cada segundo. Com a entrada do Sistema São Lourenço, esse volume chegará a 77.700 L/s. Os 5.130 litros que poderão ser transferidos da represa de Igaratá para o Cantareira não vão expandir a capacidade de tratamento, mas vão ampliar o volume disponível no sistema, o que aumenta a segurança no abastecimento.

Integração de sistemas de abastecimentos existe há décadas

Entre os anos de 1995 e 2013, a Sabesp investiu quase R$ 10 bilhões para ampliar o abastecimento de água na Grande São Paulo. Foram mais de 15,6 mil litros de água por segundo para abastecer  uma população equivalente a duas capitais juntas: Salvador e Fortaleza.

Há 40 anos, a Empresa trabalha na integração e ampliação dos sistemas produtores. Foi assim com o  Alto Tietê que ganhou mais 10 mil litros por segundo, em 2011, e no Rio Grande que teve acréscimo de 500 litros a cada segundo, flexibilizando ainda mais a transferência de água entre as regiões. Em manutenções preventivas, estratégias operacionais similares são utilizadas para que um sistema possa atender o outro.

Vale lembrar que outros R$ 2,21 bilhões são aplicados no sistema São Lourenço que acrescentará 4,7 mil litros de água por segundo para abastecer 1,5 milhão de moradores da Grande São Paulo.

Além das obras, a Empresa investe em soluções e tecnologias para reutilizar a água proveniente do tratamento de esgotos, conhecida como água de reúso, programas e campanhas de economia de água que existem desde 1994 e já reduziram o consumo per capita de água na Região Metropolitana.

Campanhas estimulam economia de água em residências, comércios e indústrias

Você sabia que 83% do volume de água consumido do Sistema Cantareira é fornecido para clientes residenciais; 12% são enviados para comércios e outros 5% são usados por indústrias e órgãos públicos?

As campanhas de economia foram estendidas para todos os setores e não há restrição de fornecimento para residências, áreas comerciais ou indústrias nas cidades atendidas pela Sabesp.

Em fevereiro, a Empresa visitou grandes consumidores para orientá-los sobre a situação atípica registrada no Sistema Cantareira e conscientizar sobre a redução do consumo.

Anteriormente, alguns destes clientes firmaram um contrato de fidelização com a Sabesp e possuíam um volume mínimo de consumo para obter a tarifa diferenciada. Com as medidas adotadas para redução de consumo, este valor deixou de existir justamente para estimular o uso racional da água e combater o desperdício.